RM, do BTS, expõe indústria de K-Pop e fim do grupo

RM, do BTS (Foto: Reprodução)
RM, do BTS (Foto: Reprodução)

O universo do K-Pop é uma bomba de criatividade. Clipes repletos de conceito, cenários impecáveis, coreografias icônicas, figurinos incríveis, vocais surpreendentes e idols de tirar o fôlego… Mas a indústria por traz de tudo pode não ser tão colorida assim. É o que RM, integrante do BTS, revelou após o grupo anunciar o hiato.

Desse modo, o artista conta que o grupo enfrentou seus altos em baixos nesta uma década de existência e em muito tem a ver com a indústria musical por trás do gênero.

Em suma, a revelação de Namjoon foi feita através do BTS DINNER FESTA, que recebeu transmissão o YouTube.

Segundo RM, que é o líder do grupo, houve algo em especial que o fez parar e se questionar: o lançamento de “Butter” e “Permission to Dance”. A partir desse momento ele iniciou uma reflexão sobre seus objetivos profissionais e pessoais. “Eu não sabia mais que tipo de grupo éramos”, conta.

O líder ainda explica que enxergava o próprio grupo com um diferencial de todos que já haviam debutado – e não é a toa que eles conquistaram sucesso mundial, pavimentando o caminho para o k-pop universalmente. RM ainda culpa a indústria pelo sintoma dos grupos “perderem a noção de quem são e esquecerem as mensagens que querem compartilhar com os fãs”.

Sendo assim, ele desabafa: “O problema com o K-POP e todo o sistema de ídolos é que eles não lhe dão tempo para amadurecer. Você tem que continuar produzindo música e continuar fazendo algo”.

Esses pensamentos acabaram causando um impacto em Namjoon. Além disso, o rapper revela que o ritmo de vida de um idol pode ser desgastante: “Depois de levantar de manhã e fazer a maquiagem, não há mais tempo para crescer. E não se trata apenas de música e trabalho; eu mudei como humano ao longo dos últimos dez anos”.

Apesar de antes isso não ser um problema, o artista passou a se afetar por toda a pressão. O sentimento de que precisava crescer veio à tona.

“Portanto, eu precisava pensar e ter algum tempo sozinho, e então esses pensamentos poderiam amadurecer em algo unicamente meu. Eu poderia equilibrar isto com o trabalho anterior. Mas depois de dez anos vivendo como BTS e trabalhando todos os nossos horários, não consigo mais amadurecer fisicamente“, explica. “Preciso estar ciente do porquê de estar aqui, quem são os membros para mim, o caminho que vamos tomar como um grupo para passar por entrevistas e escrever letras. Mas, agora, não tenho certeza de que grupo somos”, finalizou.

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