Descubra qual diretor é o Bob Dylan dos filmes, segundo Tarantino

Quentin Tarantino (Foto: Reprodução)
Quentin Tarantino (Foto: Reprodução)

Quentin Tarantino é conhecido por sua vasta bagagem cinematográfica e pela forma como incorpora suas influências em seus filmes. No entanto, entre tantos nomes que marcaram sua visão artística, um diretor se destaca de maneira especial, a ponto de ser comparado a Bob Dylan em termos de impacto cultural.

Em uma entrevista de 1993 à Filmmaker Magazine (via Far Out Magazine), Tarantino revelou que Jean-Luc Godard foi uma peça-chave na construção de sua perspectiva sobre cinema. Para ele, o cineasta francês representou uma revolução na linguagem cinematográfica, algo que ressoou profundamente em seu próprio estilo.

“Godard me ensinou invenção. Pra mim, no começo da carreira, Godard era como o Bob Dylan do cinema. Havia um senso de criação e brincadeira. Ele transmitia a ideia de que se você ama filmes o suficiente, você é capaz de fazer um de qualidade”, declarou.

A influência de Jean-Luc Godard na obra de Quentin Tarantino não se limitava apenas à estética ou narrativa. Em homenagem ao cineasta francês, o diretor americano nomeou sua produtora de A Band Apart, uma referência direta ao filme Banda à Parte (1964).

Esse longa-metragem é um dos pilares da Nouvelle Vague, movimento revolucionário do cinema francês que, no final dos anos 1950, rompeu com convenções tradicionais. Liderado por críticos da Cahiers du Cinéma, como Godard, François Truffaut e Éric Rohmer, o movimento trouxe uma abordagem mais livre e experimental, algo que Tarantino incorporaria em sua própria filmografia décadas depois.

O que Godard pensava de Tarantino?

Apesar de Quentin Tarantino ter reverenciado Jean-Luc Godard ao longo de sua carreira, a admiração não foi recíproca. O cineasta francês, conhecido por sua postura provocadora, criticou Tarantino em diversas ocasiões.

Em uma entrevista de 2004 à revista Época, Godard afirmou: “Acho o trabalho dele nulo. Ele escolheu o título de um dos meus piores filmes para dar nome à sua produtora. Isso não me surpreende em nada.”

Já em 2014, durante uma entrevista à Radio France no Festival de Cannes, o francês evitou falar sobre Tarantino, limitando-se a chamá-lo de “faquin”, gíria francesa que significa algo como “desonesto” ou “falso”.

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