O filme A Substância, estrelado por Demi Moore, tem gerado comparações com Black Mirror, a aclamada série britânica que explora os impactos da tecnologia e da cultura moderna de maneira distópica. Com uma premissa intrigante e um toque de horror corporal, o longa parece dialogar diretamente com as narrativas que tornaram Black Mirror um fenômeno global.
Na trama, Demi Moore interpreta uma mulher que recorre a uma substância revolucionária capaz de criar uma versão mais jovem e perfeita de si mesma. O conceito, que mistura ficção científica e crítica social, lembra episódios da série como Be Right Back (sobre a recriação de uma pessoa por meio da tecnologia) e Rachel, Jack and Ashley Too (que explora a comercialização da identidade).
A ideia de duplicação e busca pela perfeição reflete questões contemporâneas, como a obsessão pelas redes sociais, o culto à juventude e a mercantilização da própria imagem. Assim como Black Mirror, A Substância parece questionar até onde estamos dispostos a ir para atender aos padrões inatingíveis da sociedade.
Com direção de Coralie Fargeat (Revenge), o filme promete uma abordagem intensa e visualmente impactante. Se Charlie Brooker, criador de Black Mirror, tivesse assinado essa história, ela certamente caberia no universo da série – e deixaria o público igualmente desconfortável.